Como escolher o melhor silo para sua propriedade: Dicas e fatores técnicos

Octávio Puilslag Pereira
Octávio Puilslag Pereira
Aldo Vendramin ensina como avaliar tipo, capacidade e tecnologia ideal para armazenagem de grãos.

O armazenamento de grãos é uma das etapas mais estratégicas da cadeia produtiva agrícola, Aldo Vendramin, empresário e fundador, afirma que a escolha adequada do silo pode significar a diferença entre lucro e prejuízo ao final da safra. Com a produção brasileira em constante crescimento, a infraestrutura de armazenagem se tornou um fator essencial para garantir qualidade, reduzir perdas e aumentar a autonomia do produtor.

Neste artigo tenha dicas de como funciona e como escolher o silo ideal para o seu negócio.

A importância da armazenagem no agronegócio

O Brasil colheu mais de 320 milhões de toneladas de grãos em 2024, segundo dados da Conab. No entanto, a capacidade estática de armazenagem ainda não acompanha esse ritmo, o déficit supera 100 milhões de toneladas. Isso significa que boa parte da produção precisa ser escoada imediatamente após a colheita, o que reduz o poder de negociação do produtor e aumenta os custos logísticos.

Um bom silo é sinônimo de eficiência, conservação e lucro no campo, ressalta Aldo Vendramin.
Um bom silo é sinônimo de eficiência, conservação e lucro no campo, ressalta Aldo Vendramin.

Segundo o senhor Aldo Vendramin, investir em armazenamento próprio é uma forma de independência econômica. O produtor que possui seu próprio silo pode esperar o melhor momento de venda, evitando a pressão de preços baixos durante o pico da safra. Além disso, o controle de qualidade e a segurança do produto aumentam significativamente.

Tipos de silos e suas características

Os silos são estruturas projetadas para armazenar grãos a granel, mantendo as condições ideais de umidade, temperatura e ventilação. Existem diferentes tipos, e cada um tem suas vantagens conforme o tamanho da propriedade, o volume de produção e o orçamento disponível.

  1. Silo metálico: É o modelo mais comum e moderno, feito de chapas galvanizadas, com alta durabilidade e excelente vedação. Permite controle de temperatura e aeração automatizada. Ideal para grandes propriedades e operações mecanizadas.
  2. Silo de concreto: Apresenta alta resistência térmica, o que reduz variações de temperatura, mas exige investimento inicial maior. É indicado para regiões quentes ou com grande variação climática.
  3. Silo-bolsa: Alternativa flexível e de baixo custo, usada principalmente para armazenagem temporária. Consiste em grandes sacos plásticos com capacidade de até 200 toneladas. O desafio é o controle de pragas e perfurações.
  4. Armazém graneleiro: Estrutura ampla e horizontal, ideal para produtores que trabalham com diferentes tipos de grãos e necessitam de movimentação frequente.

Não existe um modelo universalmente melhor, a escolha deve considerar a logística da fazenda, o tipo de cultura, o fluxo de colheita e o retorno financeiro esperado.

Fatores técnicos para escolher o melhor silo

Na hora de decidir qual estrutura adotar, alguns critérios técnicos devem ser analisados:

  • Capacidade estática: Calcule a média de produção dos últimos anos e adicione uma margem de 20% para futuras expansões.
  • Sistema de aeração: Garante a uniformidade de temperatura e evita a proliferação de fungos e insetos.
  • Controle de umidade: Equipamentos de termometria e sensores são fundamentais para monitoramento em tempo real.
  • Fluxo operacional: O layout do sistema deve permitir o fluxo contínuo entre recebimento, limpeza, secagem e armazenagem.
  • Manutenção e segurança: Verifique a facilidade de limpeza, a proteção contra infiltrações e o acesso para inspeção.

Conforme Aldo Vendramin, o investimento em automação é outro ponto-chave. Hoje, já existem sistemas que permitem o controle remoto da temperatura e da umidade via aplicativos, otimizando o gerenciamento e reduzindo riscos de perda.

O retorno do investimento

O custo de implantação de um sistema de armazenagem varia conforme o tipo de silo e a capacidade instalada. Um silo metálico de médio porte, com capacidade para 2.000 toneladas, pode exigir investimento inicial significativo, mas o retorno costuma ocorrer em até cinco anos, dependendo da operação.

O produtor que possui silo próprio consegue:

  • Vender no momento mais favorável de preço;
  • Reduzir custos com transporte durante o pico de safra;
  • Diminuir perdas por umidade e infestação;
  • Aumentar a rastreabilidade e o controle de qualidade.

Além do retorno financeiro, há também o ganho estratégico. Um sistema de armazenagem eficiente amplia a autonomia e profissionaliza a gestão da propriedade, tornando o produtor menos dependente da infraestrutura pública e de cooperativas.

Inovações no mercado de armazenagem

O setor de silos e armazenagem vem passando por forte modernização. Novos projetos incorporam sensores inteligentes, sistemas automatizados de aeração e até inteligência artificial para prever riscos e ajustar parâmetros automaticamente.

@aldovendramin

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Outra tendência é o uso de energia solar para alimentar motores e ventiladores, reduzindo custos e tornando o processo mais sustentável. A digitalização permite ainda a integração dos dados de armazenagem com softwares de gestão agrícola, criando um ecossistema conectado entre produção, pós-colheita e comercialização. Aldo Vendramin alude que essas inovações estão ao alcance de propriedades de diferentes tamanhos. O importante é planejar com base em dados técnicos e em uma visão de longo prazo, priorizando a eficiência e a segurança do produto.

Conclusão

O silo é mais do que um espaço físico de armazenamento, é uma ferramenta estratégica para rentabilidade e competitividade no agronegócio. O produtor que investe em estrutura própria garante maior controle sobre sua produção e reduz a vulnerabilidade diante das variações de mercado.

Como considera Aldo Vendramin, a escolha do melhor silo é uma decisão que une técnica, planejamento e visão de futuro. Armazenar bem é, acima de tudo, preservar o valor do trabalho no campo, e transformar cada safra em uma oportunidade de crescimento sustentável.

Autor: Octávio Puilslag Pereira

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