A inteligência artificial (IA) desperta curiosidade, fascínio e também receio em muitas pessoas. De acordo com o entendedor Pablo Said, ao mesmo tempo em que suas capacidades são superestimadas por alguns, suas limitações são mal interpretadas por outros, criando mitos que precisam ser desmistificados. Com o avanço constante da IA em áreas como saúde, educação, finanças e entretenimento, é fundamental entender até onde essa tecnologia pode ir — e onde ela ainda encontra barreiras.
A seguir, analisaremos os principais mitos e verdades sobre a inteligência artificial, separando fatos de ficção e ajudando você a compreender com mais clareza essa revolução tecnológica. Veja mais, a seguir!
A inteligência artificial pensa como um ser humano?
Um dos maiores mitos sobre a inteligência artificial é a ideia de que ela possui pensamento autônomo, como o de um ser humano. Na verdade, os sistemas de IA funcionam com base em algoritmos e grandes volumes de dados, identificando padrões e fornecendo respostas a partir de estatísticas. Conforme elucida Pablo Said, a IA não possui consciência, emoções ou intenção própria.
O que pode causar essa confusão é a sofisticação com que a IA interage com os usuários, especialmente em assistentes virtuais e sistemas de linguagem natural. No entanto, mesmo que pareça que uma máquina “entendeu” algo, ela apenas seguiu instruções lógicas programadas. De acordo com o especialista, é essencial entender essa limitação para evitar expectativas irreais sobre a autonomia dessas tecnologias.
A inteligência artificial vai substituir todos os empregos?
Outro mito recorrente sobre a inteligência artificial é que ela causará a extinção em massa de empregos. Embora seja verdade que a IA automatiza tarefas repetitivas, ela também cria novas oportunidades de trabalho, especialmente nas áreas de desenvolvimento, análise de dados, cibersegurança e ética digital. Segundo o conhecedor, a transformação do mercado de trabalho é inevitável, mas não significa desemprego em larga escala.
Em vez de substituir todos os profissionais, a IA tende a colaborar com eles, otimizando processos e oferecendo suporte em decisões mais estratégicas. As profissões ligadas à criatividade, empatia e julgamento ético permanecem altamente relevantes. Como destaca Pablo Said, o futuro do trabalho será marcado pela parceria entre humanos e máquinas, exigindo requalificação e adaptação contínua.

A inteligência artificial é infalível e neutra?
Muitos acreditam que a inteligência artificial é sempre precisa e isenta de vieses, o que é um equívoco. A verdade é que os sistemas de IA aprendem com dados fornecidos por seres humanos e, por isso, podem reproduzir distorções e preconceitos existentes nesses dados. Pablo Said enfatiza que a IA é tão confiável quanto a qualidade da base de dados que a alimenta.
Além disso, a forma como os algoritmos são desenvolvidos influencia diretamente os resultados. Falhas na programação ou dados enviesados podem gerar decisões incorretas, com impactos significativos, especialmente em áreas como justiça, crédito e saúde. De acordo com o especialista, a supervisão humana continua sendo essencial para garantir que os sistemas de IA atuem com responsabilidade e transparência.
Desmistificar a inteligência artificial é fundamental para que possamos usá-la com consciência, responsabilidade e realismo. Embora suas aplicações estejam cada vez mais presentes no nosso dia a dia, é preciso reconhecer tanto seu potencial transformador quanto suas limitações técnicas e éticas. Compreender a IA de forma equilibrada evita medos infundados e expectativas exageradas.
A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa, mas depende da maneira como a humanidade escolhe aplicá-la. O futuro não será definido apenas pelas máquinas, mas pelas decisões humanas em relação a elas. Conforme Pablo Said, o avanço da IA deve estar acompanhado de debates sobre ética, regulação e impacto social, garantindo que essa tecnologia evolua a favor de todos.
Autor: Octávio Puilslag Pereira